Anúncio provido pelo BuscaPé

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Proposito do Avivamento

O avivamento é um despertamento espiritual, que atinge a Igreja do Senhor Jesus. Como a própria definição indica, os servos e servas do Senhor são despertados do "cochilo" (são revigorados) para estarem assumindo um compromisso com o Senhor, e conseqüentemente, agindo com responsabilidade em todas as áreas na qual estão inseridos. Sendo assim, podemos dizer que o "avivamento sempre acontece com objetivos definidos pelo nosso Deus". A seguir, estaremos comentando o objetivo principal (servir ao Senhor) e os aspectos que achamos mais importantes.

O propósito de "glorificar o nome do Senhor" deve nortear todo avivamento. Isso significa que os membros da Igreja estarão procurando com mais "sede" o Senhor (Sl 42: 1), sendo que passam a ter mais vontade de estar com Deus. Ou seja: não ficam procurando as bênçãos, e sim, o Deus de todas as bênçãos.
Cremos que os milagres (sinais da glória, amor e poder de Deus) são algo tremendo e importante, mas não deve ser o alvo da nossa atenção e muito menos o propósito para buscarmos o avivamento. Com essa meta em mente, podemos evitar que venhamos a seguir outro caminho, que com certeza desagrada a Deus, e não tem validade para a Igreja. Infelizmente, isso tem sido o objetivo de muitos, que se preocupam em ficar buscando avivamento para ver coisas extraordinárias, sinais acontecendo, e esquecem de adorar o Senhor.

Essa busca não deve ser entendida e priorizada como sendo apenas estar em cultos de adoração. O cristão precisa participar dos trabalhos de sua denominação religiosa, mas, no entanto, temos que estar conscientes que não é somente nos templos que servimos ao Senhor, pois devemos viver uma vida que testemunhe nossa crença em Jesus Cristo. E isso deve abranger todas as nossas ações.

Com isso, queremos dizer que no avivamento espiritual, a Igreja de Cristo é poderosamente motivada pelo Espírito, para servir o Senhor. E isso envolve:

Vivermos uma vida mais consagrada: é muito importante que tenhamos o objetivo de procurarmos uma santificação cada vez maior. Temos que retornar aos princípios bíblicos, e chorarmos diante de Deus, devido aos nossos pecados: "A ti, ó Senhor, pertence a justiça mas a nós o corar de vergonha" (Daniel 9: 7).

Participarmos na Igreja: os crentes têm prazer e sentem a necessidade de estarem assumindo e cumprindo os compromissos com a igreja, sem necessitar dos "apelos" diários por parte dos líderes da igreja, de outros membros e familiares. Reavivamento, de acordo com a história dos anteriores, enche as igrejas, lota as Escolas Dominicais de alunos, levanta evangelistas, chama pastores, recruta missionários, reúne fundos abundantemente, reúne famílias, livra das drogas.

Atuarmos na família: os crentes são os mesmos que freqüentam a igreja e a casa onde habitam. Pois são motivados a respeitar seus cônjuges; a cuidar melhor dos filhos; a respeitar os pais.

Amarmos as almas perdidas: ou seja, os membros do "Corpo de Cristo", apresentam um grande amor por vidas que estão sem Jesus, e se sentem impulsionados a evangelizar aqueles que estão próximos (vizinhos, familiares, amigos), como também, participar da obra missionária com o intuito de alcançar povos distantes, que precisam de salvação. Com isso, outros povos vão respeitar e adorar o nome do Senhor, deixando de andar nas trevas.

Influenciarmos a sociedade: a sociedade em geral é afetada pelo poder do Espírito Santo, pois são atraídas pela mudança de vida dos cristãos, pelo testemunho e voz profética que esses praticam. Também, devido à salvação (transformação das suas vidas), diminuem os políticos corruptos, pontos de prostituição, drogados, bêbados, menos criminalidade, etc. E também há maior atuação das igrejas cristãs na ação social, através de construção de hospitais, creches, orfanatos, abrigos para idosos, escolas, etc. O grande avivalista João Wesley, ao mesmo tempo em que pregava sobre avivamento, lutava pelas causas sociais na Inglaterra. Finney foi o maior avivalista do seu país, mas pregou ardorosamente contra a escravidão nos EUA no século passado. João Calvino atacou com veemência os juros extorsivos em Genebra. O avivamento traz profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e morais. O avivamento não leva a igreja à fuga, mas ao confronto.

Dependermos do Senhor: os ministrantes procuram estar sempre conhecendo mais as doutrinas bíblicas, para estar mais próximos de Deus, como também, para transmitir a outros. E tanto nos momentos de preparo, como no transmitir, há dependência do Espírito Santo. Dentro desse assunto queremos comentar sobre a necessidade que os obreiros tem, de que os membros das igrejas venham sempre a interceder por eles. Já que esses não são "Super Crentes", e sim, crentes escolhidos por Deus para exercerem um ministério específico, que envolve muita responsabilidade, porque estão cuidando de vidas que pertencem a Cristo Jesus. Sobre a importância da igreja estar intercedendo pelos ministrantes, é bom lembrarmos que os membros da "Igreja Primitiva", oravam pelos seus líderes. Com isso, Deus concedia autoridade, intrepidez e livramento para os mesmos (Atos 4: 23-31; 12: 9-19). Quantas pessoas oram antes de ir a um culto, para que o Espírito de Deus venha sobre o pregador e o use, e à sua mensagem? Os ouvintes, tanto quanto o pregador, devem orar por isso, de outra forma estarão olhando para ele e sua mensagem. Não, todos devem olhar para Deus e compreender sua completa dependência do poder que somente Ele pode dar.

Aceitarmos a inspiração da Bíblia: o povo de Deus tem prazer em estudar mais a Escritura Sagrada, procurando sempre estar lendo e pesquisando, com o objetivo de conhecer mais o nosso Deus. Pois cremos que quando conhecemos mais a Bíblia, estamos automaticamente, sabendo mais sobre Deus.

Queremos finalizar essa parte reafirmando: avivamento com base na Bíblia tem o propósito de motivar (despertar) os cristãos a priorizar a glorificação do nome do Senhor. Isso alcança todas as áreas que temos contato, seja no templo ou fora dele, sendo que a nossa participação e influencia é percebida.

Enfim, chega-se à conclusão de que o avivamento não é nada mais nada menos que a vida de Jesus Cristo em nós e não se resume apenas no tempo em que você está cantando ou dançando na presença do Senhor. Mas, para que o avivamento nos alcance, precisamos de nos preparar para recebê-lo. Existem 8 (oito) princípios fundamentais para recebermos o avivamento, que são:

  • Oração, muita oração. Deus vem sobre a vida de um povo que o busca, que faz da oração um modo de viver.

  • Adoração, Deus busca verdadeiros adoradores que o adoram em espírito e em verdade o adorador entra nos Santos dos Santos e contempla a face do Senhor. O adorador tem a posição de guerreira na presença de Deus.

  • Arrependimento genuíno e pronto. Todo pecado deve ser removido, deve haver uma transformação no nosso modo de viver, ser radical não aceitar ou fazer parte do pecado.

JOEL, O PROFETA DO AVIVAMENTO

O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. É provável que Joel tenha vivido e profetizado em Jerusalém. Teria, assim, em sua mocidade, conhecido Elias e Eliseu. Data provável: 830 anos antes de Cristo, ao tempo do rei Joás.
Joel tem sido chamado de “o profeta do avivamento”. Ele compreendeu que o arrependimento sincero é a base da verdadeira espiritualidade e era para que isto acontecesse com seu povo que ele se esforçava. O conteúdo básico de seu livro é o apelo ao arrependimento.
Quando o profeta Joel pregou suas mensagens, a situação econômica era desesperadora, em razão de um ataque de gafanhotos sem igual. Ele parte deste fato para alertar o povo para a prática da santificação, do quebrantamento, e de maior submissão ao Senhor (1:14), mensagens que tornam o livro muito atual. Joel também anuncia o dia do Senhor e previne sob a iminência de um ataque militar que viria por parte de uma nação estrangeira e termina o livro com a preciosa mensagem sobre o derramamento do Espírito Santo.

  • A praga dos gafanhotos – Dentre as mais de 80 variedades de gafanhotos, Joel diz que quatro: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor (v. 4), haviam devastado a terra de Israel. O povo calou-se, em sinal de tristeza. Tudo secou e o campo nada produzia.
  • As lições da devastação – A notícia de tal calamidade deveria ser passada de geração a geração (v. 3), porque se refere a um tempo de juízo do Senhor em que os prazeres da vida foram retirados e houve um lamento geral. Até os bêbados lamentaram porque os gafanhotos devoraram as videiras (v. 5), e não tinham mais o vinho; destroçaram a figueira, arrancando-lhes as cascas (v. 7). Por causa dessa miséria até os jovens choraram (v. 8). Todo cereal se perdeu e os lavradores ficaram envergonhados e desorientados (vv. 10,11), porque o juízo veio através de um inimigo pequeno, mas em grande número e sábio (Pv. 30: 27).
  • Reações à devassidão (1: 10-14) – Com a destruição das pastagens e das lavouras, até os sacerdotes lamentavam porque não havia nem elementos para os sacrifícios ao Senhor (v. 9). Assim como a calamidade era geral, o pecado também havia devastado todos os domínios da vida. É nessa hora que diz o Senhor: “Lamentai, sacerdotes".

Quando a igreja experimenta flagelo de tal natureza, engolfada em confusões, pecados e enfermidades que devastam famílias após famílias (I Co 11: 30-32), o ensino bíblico para resolver tal situação é que ministros e povo retornem ao Senhor com a mesma sinceridade, intensidade, arrependimento e interesses descritos em: Jl 1: 13-14; 2: 12-17; Dt 4: 30-31.

O Dia do Senhor

O profeta descreve esse quadro terrível para preparar as pessoas sobre o que iria falar a respeito do “Dia do Senhor” (v. 15), que também virá como uma assolação. Percebe-se que Joel avista algo por trás dessa praga de gafanhotos; ele enxerga além dela, vê um dia de desolação em toda a terra. O acontecimento pelo qual o povo chorava no momento era prefiguração de um outro dia de juízo: um julgamento a ser derramado nos dias finais deste mundo.

  • Um exército preparado contra Judá (2: 1-11) – Joel anuncia que estava prestes a acontecer uma grande invasão militar. Compara isso a uma devastação pelos gafanhotos que haviam assolado a terra. Ele pergunta: “Vocês já ouviram, em toda sua vida, em toda história do seu povo, alguma coisa igual?” A resposta ao v. 2 só teria que ser um enfático não.
  • Julgamento final – Joel usa quase todo seu livro para falar sobre o Dia do Senhor (2: 1, 11, 31; 3: 14). Este será o julgamento final de Deus sobre todo mal e também o fim desta era. Tal dia vai iniciar-se com o arrebatamento da Igreja (I Ts 4: 15-17; 5: 2); inclui os sete anos de tribulação, que é a última semana de Daniel (9: 24-27) e culminará com o retorno de Cristo com sua Igreja para reinar sobre a terra (Ap 20: 1-6).
  • Um chamado ao arrependimento (2: 12-17) – A catástrofe que acomete Israel nos tempos de Joel leva a nação, politicamente, ao caos. Mas essa intervenção divina é meramente ilustrativa. Como o pior ainda está por vir, Deus levanta Joel para inquietar os sacerdotes e exortar o povo ao arrependimento (v. 13), e que este retorne humildemente ao Senhor, não com mãos vazias, mas com sacrifícios de pranto e lamentação genuínos, jejuns e súplicas pelas misericórdias de Deus (v. 12). Para isso, deveriam proclamar uma assembléia solene (2: 15-17). Ninguém deveria faltar; nada de desculpas (vv.15 e 16). E os sacerdotes iriam orar com todos, clamando: “Poupa o teu povo, oh, Senhor” (v. 17).
  • Derramamento do Espírito Santo (2: 28-32) – Num tempo futuro, marcado pelo advérbio “depois” (v. 28), o Espírito Santo seria derramado sobre toda carne. Examinando Os 3: 5, nota-se que essa promessa abrange os últimos dias Israel, iniciando-se com a tribulação e adentrando o reinado do Messias, que vem em seguida. Deve se comparar com Is 2: 2 e com At 2: 17. O tempo é enfático, no v. 29. Deus faz questão de repetir que tal se dará “naqueles dias”. Ou seja, depois do arrependimento nacional e restauração futura de Israel (Zc 11: 10; 13: 1), eventos que serão simultâneos à Segunda Vinda de Cristo. Esse “grande e terrível Dia do Senhor" se apresentará com prodígios de Deus na terra e no céu (vv. 30-31). Mas Jerusalém e Sião permanecerão (v. 32), e acontecerá depois... que o Espírito Santo será derramado ao remanescente fiel. Nota-se que não haverá qualquer restrição à recepção desse dom: nem diferenças de idade (velhos e jovens), nem de sexo (filhos e filhas), e nem de posição social (servos e servas). O que aconteceu em At 2 foi o cumprimento dessa profecia, mas o cumprimento total ainda está por vir (Is 32: 15; 44: 3,4; Ez 36: 27,29; 37: 14; 39: 29). Assim, o estudo do profeta Joel relembra que a Igreja deve viver num permanente clima de avivamento, a fim de fazer a vontade do Senhor.

A VERDADE SOBRE O ANTICRISTO

O Anticristo será um líder que busca a paz e trava guerras. Na busca de paz ele será bem-sucedido e enganador; ao travar guerras ele será destemido e destrutivo. O Anticristo geralmente é descrito na Bíblia como um guerreiro. Suas atividades são resumidas em Daniel 9.27:
"Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele".
Em Apocalipse 6.2, João apresenta o Anticristo ao escrever: "Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer".
O mundo precisa desesperadamente de paz, pessoas sinceras de vários contextos de vida trabalham e oram diariamente por uma paz duradoura. Na verdade, os cristãos são incentivados pela Bíblia a orar por paz. Ainda assim, a instabilidade política é profunda em muitas regiões do mundo. A busca de uma paz permanente no Oriente Médio exige muita atenção e produz muitas manchetes; muitas vidas e carreiras foram sacrificadas na tentativa de trazer paz à região. Em última análise, no entanto, não haverá paz duradoura no mundo enquanto ele não for governado por Jesus Cristo, o Príncipe da Paz.
Quando o Anticristo emergir, será reconhecido e aceito por causa de sua habilidade como pacificador. Como líder da confederação multinacional, ele imporá paz a Israel e ao Oriente Médio, iniciando e formulando um tratado de paz para Israel.
Quando um gentio, líder de dez nações, apresentar um tratado de paz a Israel, este será imposto com força superior e não como um tratado de paz negociado, ainda que aparentemente inclua os elementos necessários para tal acordo. Ele incluirá a delimitação das fronteiras de Israel, o estabelecimento de relações comerciais com seus vizinhos – algo que Israel não tem atualmente, e, principalmente, oferecerá proteção contra ataques externos, o que permitirá que Israel relaxe seu estado de constante alerta militar. Também é possível prever que algumas tentativas serão feitas para abrir áreas sagradas de Jerusalém para todas as religiões a elas relacionadas.
No decorrer dos séculos, cristãos e judeus fiéis seguiram a exortação de Salmo 122.6 de "orar pela paz de Jerusalém". Mas, a falsa paz do Anticristo não é a "paz de Jerusalém". O tratado ou aliança de paz do Anticristo só trará uma paz temporária e superficial à região. A princípio ela poderá ser eficaz e reconfortante, mas não durará. Depois de três anos e meio ela será quebrada e os gritos de alegria serão substituídos por gritos de aflição. Como todas as obras de Satanás, a vitória proclamada acabará em dor e violência:
Apesar dos detalhes da aliança não serem revelados na Bíblia, aparentemente ela trará grande alívio para Israel e para todo o mundo. O tempo de paz é previsto nas profecias de Ezequiel que descrevem Israel como um povo "em repouso, que vive seguro" nessa época (Ez 38.11). Em 1 Tessalonicenses 5.3 a frase que estará na boca do povo antes da Grande Tribulação cair sobre eles é: "Paz e segurança". A paz de que Israel desfrutará por três anos e meio se transformará tragicamente numa paz falsa e no prelúdio de um tempo de angústia incomparável, quando dois de cada três israelitas morrerão na terra (Zacarias 13.8).
Num determinado ponto, por volta da metade da Tribulação, a paz de Israel será desafiada por exércitos invasores do norte (Ezequiel 38-39). Esses exércitos atacarão Israel, desafiando a paz estabelecida pelo Anticristo e sua autoridade. Mas Deus intervirá a favor de Israel, protegendo-o e aniquilando os exércitos invasores (Ezequiel 38.19-39.5). Isso se realizará em parte por um terremoto (38.19,20), em parte por confusão militar (38.21), e por uma praga acompanhada de granizo e fogo (38.22).
Depois desse conflito e da quebra da aliança com Israel, o Anticristo se declarará líder mundial. Isso poderá ser resultado da sua vitória sobre os exércitos invasores. O líder da confederação de dez nações se encontrará numa posição em que poderá proclamar-se ditador mundial, e aparentemente ninguém será forte o suficiente para lutar contra ele. Sem ter que lutar para conseguir isso, ele governará o mundo como instrumento de Satanás. Seu poder, força e tirania aumentarão e isso resultará num desafio final da sua força militar e política, que culminará na batalha de Armagedom (Apocalipse 16.14-16). Como tantos líderes e governantes antes dele, o Anticristo prometerá paz e travará guerras. Ele entrará num conflito de conseqüências globais – um conflito definitivo do tipo "quem ganhar fica com tudo" – e será derrotado e destruído por Jesus Cristo.

A ORIGEM DO PECADO


Na Bíblia, o mal moral que assola o mundo, normalmente chamado pelos homens de fraqueza, equívoco, deslize, se define claramente como pecado, fracasso, erro, iniqüidade, transgressão, contravenção e injustiça.

À luz do ensino geral das Escrituras, o homem é apresentado como um transgressor por natureza. Mas, como adquiriu o homem essa natureza pecaminosa? O que a Bíblia diz acerca disso? Para responder a essas perguntas devemos considerar o seguinte:

Deus Não é o Autor do Pecado

Evidentemente, Deus na sua onisciência já vira a entrada do pecado no mundo, bem antes da criação do homem. Porém, deve-se ter cuidado para, ao fazer essa interpretação, não lançar sobre Deus a causa ou autoria do pecado. Esta idéia está excluída da Bíblia. Jó 34:10 diz: “... Longe de Deus o praticar ele a perversidade, e todo-poderoso o cometer injustiça”.

Deus é santo (Is. 6:3) e não há Nele nenhuma injustiça (Dt. 32:4; Sl. 92:15). Tiago diz: “Ninguém ao ser tentado, diga: sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta”, (Tg. 1:13). Deus abomina o pecado, e a prova disto é que Ele enviou o Senhor Jesus Cristo como provisão, para destruir o pecado e salvar os homens. Assim sendo, têm de ser rechaçadas todas aquelas idéias determinadas, segundo as quais Deus é o autor e responsável pelo pecado.

Tais idéias são contrárias, não só as Escrituras, mas também a voz da consciência, que dá testemunho da responsabilidade do homem.

O Pecado Teve Origem no Mundo Angélico
Segundo as Escrituras, num tempo que não se sabe (se bem que foi antes da criação do homem e, da terra restaurada que ora, habita o homem) houve uma rebelião no céu. Segundo as Escrituras todas as coisas foram criadas por Deus (Cl. 1:16) e criadas perfeitas, porque Deus é perfeito. Deus deu à sua criação o livre-arbítrio para que a mesma pudesse servi-lo sem o aspecto “robotizado”, ou seja, sem manipulação. Mas, em um período da história, onde só se encontrava Deus e seus anjos, um desses, por ser poderoso, belo, e talvez quem sabe, por estar na linha de frente, achou que poderia superar o seu criador (Is. 14:12-15). Houve então o surgimento do pecado, esse ser (Lúcifer) desencadeou uma rebelião que arrastou a terça parte dos anjos.
Deus o lançou fora do céu, e santificou seus anjos, pelo que não podem mais pecar (Lc. 9:26). O surgimento do pecado partiu desse momento em que, a soberba, o orgulho a exaltação, subiu ao “coração” de um ser (I Tm. 3:6).

A Origem do Pecado na Raça Humana.
Segundo a Bíblia ensina, quando Satanás foi lançado à terra, não perdeu tempo em voltar a enganar, e como Deus havia feito agora o homem para adora-lo, Satanás investiu mais uma vez (Gn. 3:1-10).
Qual foi a estratégia de Satanás aplicada contra Adão e Eva? O inimigo fez vários ataques, um após outro, até derruba-los. Em seu primeiro ataque, despertou dúvida sobre a veracidade da Palavra de Deus. Eis a razão pela qual deve-se estar sempre vigilante e atento. O diabo fez somente uma leve mudança naquilo que Deus havia dito e segundo a ótica humana essa mudança seria insignificante. Ele apenas distorceu o suficiente para criar desconfiança.
Nos dias atuais ele diz assim que a Palavra de Deus não pode ser levada tão a sério e que é necessário ter mente aberta, pois, Deus não pode estar tão preocupado com detalhes tão insignificantes. O diabo, que é o pai da mentira (Jo. 8:44), perguntou torcendo a palavra que Deus: "É assim que Deus disse: não comereis de toda as árvores?" (Gn. 3:1). Mas, Deus havia dito: “de todas as árvores comereis livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia que dela comeres certamente morrerás.” (Gn. 2:16,17). Quando Eva na sua réplica fez referência ao que Deus havia dito a respeito da árvore do meio do jardim: "não comereis dela para que não morrais" (Gn. 3:3) ,o diabo torceu novamente: "certamente não morrereis" (Gn. 3:4). A dúvida estava implantada.
O segundo ataque tinha por alvo pôr em dúvida as intenções de Deus para com eles, insinuando que Jeová não queria que os homens fossem tais quais Ele. O diabo disse: "Deus sabe que no dia em que dela comerdes... sereis como Deus..." (Gn. 3:5).
No terceiro ataque, o diabo despertou neles a tentação de ser igual a Deus. Foi o mesmo pecado que o havia derrubado no céu (Is. 14:14). O poder da tentação estava ocupando tanto o entendimento quanto o sentimento e a concupiscência dos olhos (Gn. 3:6; 1 Jo 2:16). A vontade deles estava sendo conquistada por um desejo ilícito . Só faltava uma coisa: a própria ação. Agora o homem dava ouvido à insinuação do tentador, de que, se ele se colocasse em oposição a Deus, se tornaria igual a Deus.
É o que prega o Movimento Nova Era afirmando que “todos tem um deus dentro de si”. Tomando do fruto que Deus proibira, Adão e Eva caíram, abrindo a porta de acesso ao pecado no mundo. Ele não apenas pecou, como também se tornou servo do pecado. (Rm. 5:12, 18, 19).

O Caráter do Primeiro Pecado do Homem.
De acordo com o relato bíblico, o primeiro pecado do homem consistiu em Adão ter comido da árvore do conhecimento do bem e do mal, em desacato à ordem do Senhor: “... da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás...”. (Gn. 2:17).
Não se tem o conhecimento de que tipo de árvore era aquela, mas, é provável que não foi a árvore em si que levou o homem ao conhecimento do bem e do mal, mas, que foi a desobediência a Palavra de Deus.
Foi a falta de confiança no criador que levou o homem a pecar. O mundo tem a tendência de dizer que, aquilo que é “proibido” é mais emocionante, parece que a curiosidade do homem é mais forte do que ele.

Seu caráter essencial e material
A essência do pecado de Adão consiste em que ele se colocou em oposição a Deus, recusando submeter-se à sua vontade e impedindo que Deus determinasse o curso da sua vida. Adão tomou as rédeas de sua vida das mãos de Deus, determinando o seu futuro por si mesmo. O homem, que não tinha nenhum direito sobre Deus, separou-se dele como se nada lhe devesse.
A idéia de que a ordem de Deus ainda estava na mente do homem no momento do seu pecado é comprovada na resposta de Eva à pergunta de Satanás, “nem tocareis nele?” (Gn 3:3). Possivelmente Eva quis enfatizar que o mandamento de Deus não havia sido razoável, isto é, era muito mais pesado do que se podia imaginar; foi assim que no desejo ser igual a Deus, o homem pecou e foi reduzido à categoria de servo do pecado.

O Pecado e as Obras da Carne
Se for feito um apanhado alusivo ao pecado, serão notadas as grandes conseqüências negativas que o mesmo traz. Observa-se na carta de Paulo aos Gálatas, o que normalmente ocorre quando o homem dá lugar a carne.

Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: Prostituição, Impureza, Lascívia, Idolatria, Feitiçaria, Inimizades, Porfias, Ciúmes, Iras, Discórdias, Dissensões, Facções, Invejas, Bebedices, Glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. (Gl. 5:16-21).

Paulo usa o termo “carne”, nessa carta em, pelo menos, três sentidos.
Em um sentido mais geral, refere-se ao que é humano. Em outro sentido, refere-se ao corpo físico. Em um sentido mais específico, principalmente quando aparece em oposição ao “espírito”, refere-se à natureza humana pecaminosa, que envolve também mente e alma.
Deve-se andar no Espírito, e não dar lugar à carne, pois, esta é corruptível. No versículo 21 do capítulo 5, observa-se o que pode acontecer aos que menosprezarem os ensinamentos bíblicos: “... a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”.
Nunca se pode perder da mente uma coisa: “O céu é tomado à força”. Ninguém entrará no mesmo sem santidade. “Segui a paz com todos, e a Santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. (Hb. 12:14). “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscência” (Gl. 5:24).